terça-feira, 10 de março de 2009

A TELEVISÃO E A VIOLÊNCIA


Sabemos que a criança desde cedo tem a tendência à imitação, portanto imitam também o comportamento que vêem na televisão. Apesar de imitarem as ações positivas observadas na mídia, infelizmente também imitam os comportamentos agressivos e violentos. Estas cenas agressivas são vistas nos filmes e desenhos animados e as crianças não distinguem da violência real. Temos como exemplos os Power Rangers e as Tartarugas Ninja. Alguns heróis violentos são mais prejudiciais às crianças do que alguns vilões, porque são modelos que elas gostam de copiar. Os filmes do Exterminador são bons exemplos disso, neles a violência é premiada e considerada eficaz. A justificativa da violência, como se fosse certo agir assim, e a constante exposição das crianças e elas trazem a dessensibilização.
Muitos pais estão perguntando se a TV é mesmo prejudicial para seus filhos. Alguns pensam que devem desligar a TV, outros nem se importam com isso, pois a TV, para eles, real mente é a alternativa mais segura nos dias de hoje. O crescimento das cidades tornou as ruas mais perigosas para todos principalmente para crianças. Não se pode brincar nas calçadas. A criança não brinca de amarelinha, de esconde-esconde, subir em árvores, correr sem perigo, hoje tem como companhia a TV e seus desenhos animados. O professor pode ajudar a criança, promovendo discussões sobre televisão com os alunos e, sobretudo, com os colegas. Desta maneira, a escola não pode ignorar a influência da mídia. A escola deve partir da realidade vivida por alunos e professores, ou seja, pela sociedade. A solução não é apagar a telinha ou mudar de canal, precisamos refletir sobre as imagens e como elas refletem sobre outros textos. Precisamos analisar a televisão, juntamente com os usuários da TV, para impedir que, principalmente a violência, continue sendo tão explorada pela mídia de maneira tão sensacionalista.

COMO A VIOLÊNCIA NA MÍDIA AFETA O COMPORTAMENTO E AS ATITUDES DOS ESPECTADORES, ESPECIALMENTE CRIANÇAS?


1. Imitação de comportamento;
2. Heróis violentos;
3. Violência recompensada;
4. Violência justificada;
5. Dessensibilização (o aumento de visibilidade da situação à violência e uma falta de solidariedade para vítima);
6. Aumento do medo (Gerbner: “síndrome do mundo cruel”);
7. Maior apetite pela violência;
8. Violência realista;
9. Cultura do desrespeito (David Walsh: “redefinimos a forma como devemos tratar uns aos outros”).

A recepção varia de pessoa para pessoa, de acordo com seu histórico familiar, emocional, social, dependendo do meio em que está inserida de acordo com as diferentes leituras de mundo. A história de vida da criança também vai determinar o que ela filtra das mensagens televisivas, geralmente fica o que faz sentido para ela.

SUGESTÕES AOS PAIS SOBRE A MÍDIA

1- Fique alerta para os programas que seus filhos assistem;
2- Evite usar a televisão, vídeos ou vídeo games como se fossem uma babá (planejar uma outra atividade para a família );
3- Limite o uso da mídia (uma ou duas horas por dia);
4- Mantenha aparelhos de TV e vídeo games fora do quarto de seus filhos;
5- Desligue o televisor durante as refeições;
6- Ligue a TV somente quando houver algo específico que você decediu que vale apenas assistir (decida com antecedência);
7- Não transforme a TV no ponto central da casa. Evite coloca-la no lugar mais importante;
8- Assista o programa que seus filhos estiverem assistindo (fale e faça conexões com seus filhos enquanto assistem o programa);
9- Tome cuidado especial ao assistir programas antes de ir dormir;
10- Informe-se sobre os vídeos disponíveis para venda ou aluguel;
11- Torne-se um alfabetizado em mídia;
12- Limite sua própria permanência em frente à televisão. Seja cuidadoso quando as crianças estiverem por perto e puderem observar seu programa;
13- Faça-se ouvir, É necessário que insistamos numa melhor programa para nossos filhos.